Brasil ultrapassa os 3 milhões de casos prováveis de Dengue em 2024

Os dados divulgados e atualizados semanalmente pelo Ministério da Saúde apontam que o Brasil ultrapassou a marca de 3 milhões de casos prováveis de Dengue em 2024, considerando as 14 primeiras semanas epidemiológicas do ano (de 31/12/2023 a 6/4/2024), foram 3.140.176 casos registrados. Número muito superior ao mesmo período de 2023, quando tivemos 685.856, um aumento de 358%.

Casos prováveis de Dengue por ano e semana epidemiológica - 2023-2024. Ministério da Saúde.
Gráfico: Casos prováveis de Dengue por ano e semana epidemiológica (2023/2024). Ministério da Saúde/SINAN.


Os casos prováveis são aqueles notificados pelos municípios ao Sistema de Informações de Agravos de Notificações (SINAN), que já exclui os descartados. Desses casos prováveis, temos 1.699.093 casos confirmados (54,11%) e 1.441.083 não confirmados (45,89%).

Dos casos confirmados, 732.575 (43,02%) foram através de exame laboratorial e 970.320 (56,98%) foram através de avaliação clínica.

Das mais de 3 milhões de notificações confirmadas e prováveis, 31.490 evoluíram para casos graves e com sinais de alarme.

Foram registrados 1.344 óbitos por Dengue e outros 1.872 estão em investigação. O índice de letalidade da doença em casos prováveis é de 0,04%, já em casos graves, o índice aumenta para 4,27%.

O estado com mais casos prováveis de Dengue é Minas Gerais, com 997.108 casos, quase um terço de todos os registro no país. São Paulo, registrou 690.776, ficando em segundo lugar, seguido do Paraná, com 309.433.

Ranking dos casos prováveis por estado:

  • 1º - Minas Gerais - 997.108
  • 2º - São Paulo - 690.776
  • 3º - Paraná - 309.433
  • 4º - Distrito Federal - 209.164
  • 5º - Rio de Janeiro - 198.663
  • 6º - Goiás - 158.786
  • 7º - Santa Catarina - 132.881
  • 8º - Bahia - 125.559
  • 9º - Espírito Santo - 104.998
  • 10º - Rio Grande do Sul - 76.602
  • 11º - Pernambuco - 18.237
  • 12º - Mato Grosso - 18.142
  • 13º - Mato Grosso do Sul - 13.307
  • 14º - Pará - 12.454
  • 15º - Rio Grande do Norte - 11.193
  • 16º - Amazonas - 9.111
  • 17º - Maranhão - 7.699
  • 18º - Ceará - 7.621
  • 19º - Paraíba - 7.374
  • 20º - Acre - 6.234
  • 21º - Piauí - 5.728
  • 22º - Rondônia - 4.331
  • 23º - Amapá - 4.030
  • 24º - Alagoas - 3.939
  • 25º - Tocantins - 3.617
  • 26º - Sergipe - 2.943
  • 27º - Roraima - 246

Chikungunya e Zika Vírus

Os casos de Chikungunya e Zika Vírus, doenças também transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, somam 134.756 e 3.600, respectivamente, em 2024.

Em comparação com 2023, os casos de Chikungunya aumentaram 71%, quando somaram 78.793 para as primeiras 14 semanas epidemiológicas. Já os casos de Zika Vírus apresentaram uma queda de 26% para o período, quando registrou 4.868 casos.

Como prevenir?

A melhor forma de combater essa doença é a prevenção, por meio da eliminação dos criadouros do mosquito, que põe seus ovos em locais com água parada. Aqui vão algumas dicas:

  • Mantenha sua caixa d'água bem fechada;
  • Amarre bem os sacos de lixo;
  • Elimine ou coloque areia nos vasos de plantas;
  • Guarde os pneus em locais cobertos;
  • Faça a limpeza e manutenção de calhas e ralos;
  • Não acumule sucata e entulho;
  • Guarde os materiais separados para a reciclagem em locais cobertos;
  • Esvazie garrafas PET, potes, vasos e qualquer recipiente que possa acumular água.

Receba os agentes de saúde e de endemias que estão fazendo visitas nas casas para verificar a situação e orientar os moradores.

Sintomas de Dengue, Chikungunya e Zika

O Ministério da Saúde informa que são sintomas comuns para pessoas com Dengue, Chikungunya e Zika a febre alta, náusea e vomito, dores musculares e nas articulações, agitação ou sonolência, manchas vermelhas no corpo, sangramento espontâneo, dor de cabeça ou atrás dos olhos, diminuição na urina, diarreia ou forte dor de barriga, extremidades frias e pressão baixa.

Caso sinta algum desses sintomas, não se tome remédios por conta própria. Procure uma unidade de saúde imediatamente.

Vinícius Lapa

Bacharel em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) e Tecnólogo em Gestão Pública pela UNIP (Universidade Paulista).

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